Um dos infortúnios mais sérios em uma sociedade permissiva é a falha em associar dois fatores - comportamento e consequências.
Com muita frequência, uma criança de três anos grita insultos a sua mãe, porém a mãe confusa pacientemente apenas revira os olhos. Uma criança do primeiro ano da escola primária age agressivamente contra sua professora, mas a escola ignora a falta por causa de sua idade e não toma nenhuma medida. Outra criança de dez anos é apanhada roubano doces em um armazém, mas é liberada mediante fiança e restauração pelo prejuízo. Um jovem de quinze anos pega a chave do carro da família escondido, mas seu pai para a multa quando o filho é preso. Um outro de dezessete anos dirige seu carro como um louco e seus pais pagam pelos reparos quando o bate em um poste.
Note bem, em tudo o que acontece na infância os pais amorosos parecem determinados a intervir entre o comportamento e as consequências, rompendo a conexão e impendindo o aprendizado valioso que poderia ter ocorrido.
Assim, é possível que um rapaz ou uma moça entre na vida adulta sem ter o conhecimento de que a vida é uma faca de dois gumes, que tudo o que fazemos afeta diretamente nosso futuro e que o comportamento irresponsável produz, no final, triteza e dor.
Qual é o resultado? Esta superproteção produz aleijados emocionais que geralmente desenvolvem características duradouras de dependência e uma espécie de adolescência perpétua.
Em Lucas 15 de 11 a 32 observamos que ela contém várias mensagens importantes que são altamente relevantes em nossos dias.
Primeiro, o pai não tentou localizar o filho e arrastá-lo para casa. O filho era aparentemente maduro o bastante para tomar sua própria decisão.
Segundo, o pai não foi em seu socorro durante a crise financeira em que o filho se meteu. Ele não lhe mandou dinheiro.
Note os versículos 16 e 17: "Ninguém lhe dava nada...Então, caindo em si..." Talvez algumas vezes impedimos nossos filhos de caírem em si ao evitarmos que sintam as cosenquências de seus próprios erros.
Como fazer a conexão entre comportamento e consequência?
Estando disposto a deixar a criança experimentar uma razóavel dose de sofrimento ou inconveniência, quando se comporta irresponsavelmente. Quando seu filho perde o ônibus da escola por causa de sua própria ociosidade, faça-o andar dois ou três quilômetros e chegar a escola na metade da manhã (a menos que fatores de segurança física o impeçam). Se sua filha descuidadamente perdeu seu dinheiro para o lanche, deixe-a sem refeição. Mas a melhor medida é esperar que meninos e meninas assumam a responsabilidade que seja apropriada à sua idade e, de vez em quando, provem o gosto amargo que a irresponsabilidade proporciona.
"A vara e a repreensão dão sabedoria; mas a criança entregue a si mesma envergonha sua mãe." Prov 29-15
James Dobson - Convivendo melhor com seu filho adolescente